Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC) realizou, nos dias 14 e 15 de dezembro, o Seminário Ecumênico sobre a Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) de 2016. O evento foi realizado na sede da Cáritas, em Brasília-DF, e teve a participação de aproximadamente 40 pessoas. Regionais do CONIC, movimentos sociais, representantes de igrejas, lideranças religiosas, estudantes e coletivos de juventude, entre eles, a Rede Ecumênica da Juventude (REJU) e a Pastoral da Juventude (PJ) estavam representados. Também enviaram representantes: Visão Mundial, Aliança de Batistas do Brasil, Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular (CESEEP). O tema trabalhado foi “Casa comum, nossa responsabilidade”. Um dos objetivos desse evento foi o fortalecimento da articulação ecumênica para a CFE.
No primeiro dia, a reverenda Carmen Kawano, representante da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil na Comissão da CFE, recuperou o tema da Campanha, seu objetivo e sua dimensão internacional. Enfatizou a importância de debater o saneamento básico no Brasil e o compromisso das comunidades religiosas no envolvimento com a busca de uma maior justiça climática. “Saneamento básico é um direito humano. É nessa perspectiva que o tema precisa ser trabalhado”, disse Carmen.
Em um segundo momento, os presentes foram divididos em grupos. A ideia foi promover debates sobre os desafios que precisam ser enfrentados e as estratégias para que o tema seja amplamente trabalhado nas comunidades das diferentes igrejas. Falaram também da situação do saneamento básico em suas cidades, com destaque para Cuiabá (MT), que enfrenta graves problemas com a contaminação de lençóis freáticos por causa do uso indiscriminado de agrotóxicos.
Alguns participantes relataram o não cumprimento das metas de construção de aterros sanitários em seus municípios e do papel das igrejas para que as pessoas reflitam sobre seus estilos de vida, bastante voltados para o consumo e o individualismo. De modo geral, foi identificado que as pessoas não assumem práticas e atitudes coerentes com a preservação e o cuidado com a Casa Comum. Também foi destacado que a CFE precisa contribuir para chamar a atenção em relação ao crime ambiental ocorrido em Mariana (MG) e que também afeta a vida de cidades do Espírito Santo.
TRABALHAR ECUMENICAMENTE
Os participantes foram provocados chamados a refletir sobre as dificuldades que as igrejas têm para trabalhar ecumenicamente. Quais os preconceitos, resistências para o diálogo e ação conjunta que precisam ser superados? Essas foram algumas das perguntas colocadas. Muitos grupos destacaram que uma das melhores estratégias para o fortalecimento do ecumenismo é a ação em torno de ações concretas, como o Cuidado com a Casa Comum.
Por fim, foram pensadas estratégias concretas para que o tema da CFE se amplie. Uma delas é envolver diferentes organizações da sociedade civil e abrir espaços para a adesão à campanha para igrejas não membros do CONIC.
MISEREOR
Na manhã do dia 15, a diretoria do CONIC esteve reunida com representações da Misereor: padre Firmino Spiegel e bispo Stefan Burguer. Na reunião, foram apresentados os materiais da Campanha da Quaresma realizada pela Misereor na Alemanha, além dos materiais preparados pelo CONIC.
A CFE de 2016 terá uma dimensão internacional, através da parceria com a Misereor – entidade episcopal da Igreja Católica na Alemanha que trabalha na cooperação para o desenvolvimento na Ásia, África e América Latina.
CONFRATERNIZAÇÃO
Também no dia 15, já finalizando o dia, foi realizada uma confraternização ecumênica com amigo/a oculto/a. Os/as amigos/as ocultos/as, além de partilharem lembranças, assumiram o compromisso de orar um pelo outro ao longo de 2016.
Fonte: http://www.conic.org.br/