Era uma sexta-feira, dia 25 de janeiro de 2019, quando o estado de Minas Gerais, mais uma vez, foi surpreendido pelo rompimento de uma barragem da empresa mineradora Vale. Desta vez as regiões atingidas foram cidade de Brumadinho e a reserva do Parque da Cachoeira, município da zona metropolitana de Belo Horizonte, capital mineira; e mais de 220 km ao longo do curso do rio Paraopeba.
As imagens divulgadas mostram como de repente um mar de lama avança, liberando mais de 12 bilhões de litros de fragmentos de resíduos minerais, com rejeitos da mineração de ferro. Há apenas 3 anos, outro desastre ambiental semelhante, fruto de negligências, acontecia na cidade Mariana, também Minas Gerais.
Ações concretas
Com este cenário, o Fórum Ecumênico Brasil (FEACT), membro da Aliança ACT, solicitou uma ajuda de emergência para suporte humanitário na região. A solicitação foi atendida e, nos próximos 3 meses, o Fórum vai atuar em conjunto com parceiros e lideranças comunitárias nos processos de coordenações da ação que visa, entre outras coisas:
• Apoio psicossocial para 760 famílias;
• Doação de água potável, alimentos suplementares de proteína;
• Materiais de higiene para mulheres e crianças.
Neste momento, há uma equipe de facilitadores, promotores e líderes locais que vai garantir a implementação adequada da resposta humanitária, estabelecendo comitês operacionais para uma gestão adequada da ajuda.
Duas semanas após o rompimento da barragem, os números do impacto são:
• 760 famílias despejadas afetadas diretamente (3.800 pessoas)
• 5400 famílias evacuadas de domicílios (27.000 pessoas) de Brumadinho
• 157 óbitos confirmados – 134 pessoas identificadas
• 192 pessoas resgatadas
• 182 pessoas desaparecidas
• 250 casas danificadas
• 25 casas totalmente destruídas.