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QUANDO A  AMIZADE CHEGA TARDE

19 de junho de 2017
em Artigos
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A amizade é uma das formas mais nobres de amor.  Já o grande filósofo Aristóteles, na Grécia Antiga, a definia como  “uma forma de excelência moral” ou “concomitante com a excelência moral”, “extremamente necessária à vida”.  E prosseguia:  “De fato, ninguém deseja viver sem amigos, mesmo dispondo de todos os outros bens”.

Em seu livro Ética a Nicomaco, o Estagirita disserta sobre a amizade:  “Com efeito, a amizade é uma parceria, e uma pessoa está em relação a si própria da mesma forma que em relação ao amigo; em seu próprio caso, a consciência de sua existência é um bem, e, portanto, a consciência da existência de seu amigo também o é, e a atuação desta conscientização se manifesta quando eles convivem; é, portanto, natural que eles desejem conviver. E qualquer que seja a significação da existência para as pessoas e seja qual for o fator que torna a sua vida digna de ser vivida, elas desejam compartilhar a existência de seus amigos; sendo assim, alguns amigos bebem juntos, outros jogam dados juntos, outros se juntam para os exercícios do atletismo ou para a caça, ou para o estudo da filosofia, passando seus dias juntos na atividade que mais apreciam na vida, seja ela qual for; de fato, já que os amigos desejam conviver, eles fazem e compartilham as coisas que lhes dão a sensação de convivência”.

Os amigos de Carlos Eduardo Albuquerque Maranhão, o Sarda, o Cadu, desejavam com ele conviver como faziam no tempo em que eram alunos do Colégio Santo Inácio, no Rio de Janeiro.  Naquele tempo, todos admiravam o colega rebelde, de cabelos longos, luminosa inteligência e grande sensibilidade artística.  Diferente, Cadu contestava a disciplina, as diretrizes do colégio, mas era alguém alegre, do bem, querido e com muitos amigos entre os colegas.

Essa convivência um dia foi interrompida quando o Sarda tropeçou com as drogas em seu caminho.  Aliás, esse fantasma disfarçado de amigo aparece e assombra muito pessoas de grande sensibilidade, que buscam seu lugar no mundo com mais trabalho que os outros. E Cadu, ou Sarda, ou Carlos Eduardo cedeu às seduções das substâncias que o faziam viajar e certamente nos primeiros tempos lhe proporcionavam euforia, gostosas sensações; que lhe aguçavam a inteligência e aumentavam ainda mais a sensibilidade e o gosto musical. A morte do melhor amigo contribuiu certamente para que a “viagem” do querido colega e companheiro de tantos se aprofundasse em mergulho sem volta que foi acabar na Cracolândia, em São Paulo.

Ali ele foi encontrado, muitos anos depois, pelos amigos que nunca o esqueceram.  Ao verem sua foto no jornal, em meio ao reboliço da polícia que invadia o local, retirando dali os habitantes, os que nunca haviam esquecido Carlos Eduardo foram à sua procura.  Pois amigo não esquece.  Pode ficar longe no tempo e no espaço, mas quando recebe um alerta, a amizade reemerge, volta e sai no encalço do amigo para encontrá-lo, abraçá-lo e retomar a convivência.  Igualmente para ajudá-lo se necessário.

E Sarda estava em situação de extrema necessidade.  Chegara a um grau perigoso de uso de drogas.  Sua saúde se encontrava seriamente debilitada.  Perdera peso, dentes.  Só não perdera a sabedoria e a alegria que o levavam a fazer declarações extremamente articuladas sobre a ação da prefeitura na Cracolândia e outras coisas mais. Foi encontrado pelos amigos, que o atenderam no mais urgente e imediato: deram-lhe banho, roupas, alimento.  Buscaram uma clínica para interná-lo, a fim de quí se tratasse e tornasse a ser livre. Abriram uma lista de doações para custear-lhe o tratamento, caro e dispendioso, em uma clínica especializada.

Sarda estava alegre, feliz com o reencontro.  A mídia publicou suas fotos e tudo levava a esperar por um final feliz.  Ele queria tratar-se, desejava libertar-se do vício.  E os amigos se desvelavam e punham à disposição tudo que podiam para ajudar a que esse desfecho acontecesse. No entanto, a morte se antecipou e colheu Sarda pelo coração.  Aquele coração sensível, enfraquecido ao máximo pelo uso contínuo de substâncias químicas, parou de bater poucos dias após o ingresso na clínica.

A amizade chegou tarde e não conseguiu arrancar Sarda ou Cadu das garras dessa que é a inevitável companheira de todo viciado.  Mas – e isso é talvez o mais importante – alegrou seus últimos dias de uma maneira que apenas a relação gratuita e amorosa consegue fazer.  Sarda se sentiu acompanhado, querido, amado.  Voltou a ver que era importante para outras pessoas, que sua vida tinha valor e sentido para aqueles que com ele cresceram e se formaram nos bancos escolares, nos recreios, nas conversas intermináveis, nos passeios a pé de volta do colégio.

A tristeza e a frustração dos amigos foram pungentes.  Agora que ele estava começando a viver, como aconteceu isso que ceifou seu projeto tão brutalmente?  Agora que o tinham reencontrado era muito cruel perdê-lo novamente. No entanto, que os acompanhe novamente o grande Aristóteles, que diz: “Quando as pessoas são amigas não têm necessidade de justiça, enquanto mesmo quando são justas necessitam da amizade”.

Esse grupo que se dispôs a ajudar o colega em situação de rua e de vício com o mesmo carinho dos anos da infância e da adolescência experimentou a graça da amizade que independe do êxito das iniciativas e ultrapassa as maiores frustrações.  Foi bom experimentar que é possível amar alguém profundamente mesmo quando ele ou ela não tem absolutamente nada para dar em troca.  É bom sentir a gratuidade da relação que sempre os ligará a Sarda/Cadu, para além dos limites da vida e da morte.

Sarda descansa em paz.  Sem crises de abstinência, angústia, fissura ou outros incômodos e distúrbios provocados pela droga.  A seus amigos fica a saudade, temperada por aquilo que o grande Jorge Luis Borges chamou de vício: a amizade que não pode não amar, não ajudar, não conviver, não se relacionar.  A amizade que dispensa até a justiça, pois pertence à ordem da graça e da gratuidade.  Bendito Sarda, que do fundo do poço onde caiu ainda pôde ensinar tudo isso a seus colegas e amigos que agora se sentem mais unidos graças à sua passagem tardia e efêmera em meio a eles.

 Maria Clara Lucchetti Bingemer,professora do Departamento de Teologia da PUC-Rio e autora de “A Argila e o espírito – ensaios sobre ética, mística e poética” (Ed. Garamond), entre outros livros.

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