Ecumenismo é a busca da unidade entre todas as igrejas cristãs. É um processo de entendimento que reconhece e respeita a diversidade entre as igrejas. A ideia de ecumenismo é exatamente reunir o mundo cristão.
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O ecumenismo procura estabelecer boas relações de amizade entre pessoas e igrejas diferentes. Realiza trabalhos em conjunto para ajudar os necessitados e lutar por justiça. Realiza celebrações e orações em conjunto para causa da unidade, e realiza estudos sobre as doutrinas das várias igrejas, em busca de métodos novos para tratar as divergências.
O termo ecumenismo teve origem no grego “oikoumene” que significava “o mundo civilizado”. Na Bíblia a palavra oikoumene é traduzida como “todo” e “universal”.
Origem do ecumenismo
No período de formação da Igreja uma de suas principais características era a união, a solidariedade e o amor fraternal, porém, ao longo dos séculos esse ideal foi se desintegrando. A grande divisão teve início entre cristãos latinos e gregos, que teve seu cume no século XI. Mais tarde, no século XVI houve a separação entre católicos e protestantes, em seguida outras divisões foram surgindo ao longo da história.
Na Europa e nos Estados Unidos foram criadas várias sociedades que reuniam presbiterianos, metodista, batistas e episcopais, que se reuniam em prol da mesma causa. O precursor do ecumenismo foi o missionário Carey, que em 1810 sonhava com uma conferência missionária internacional, que não se realizou. O movimento missionário que se conhece hoje surgiu a partir de 1910, em Edimburgo, na Escócia. A principal expressão desse movimento é o Conselho Mundial de Igrejas, criado na Holanda em 1948.
Ecumenismo no Brasil
No Brasil o organismo mais importante do ecumenismo é o Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC), fundada em novembro de 1982, na cidade de Porto Alegre (RS). Seus Membros hoje são a Igreja Católica Apostólica Romana, Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Igreja Presbiteriana Unida do Brasil e a Igreja Católica Ortodoxa Siriana do Brasil.
O Papa Francisco conclamou toda a Igreja a celebrar o Ano da Misericordia, entre os 50 anos do Concilio Vaticano II e os 500 anos da Reforma Luterana.
No dia 31 de outubro de 2016, o Papa Francisco viajou para Lund, na Suécia, para participar da cerimônia conjunta luterano-católica em comemoração aos 500 anos da Reforma. Foi uma demonstração pública de cordialidade, respeito e, acima de tudo, amor cristão.
Na época, um comunicado redigido pela Federação Luterana Mundial e pelo Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos dizia que o evento pretendia “evidenciar os 50 anos de contínuo diálogo ecumênico entre católicos e luteranos e os dons resultantes dessa colaboração”.
Esse ano, a Semana de Oração pela Unidade Cristã (SOUC) também vem com a mesma temática: “Reconciliação: é o amor de Cristo que nos move – Celebração do 500° Aniversário da Reforma”. Na atividade, não apenas católicos e luteranos estarão engajados, mas também batistas, metodistas, anglicanos, presbiterianos, ortodoxos, entre muitos outros.
Atividades como a SOUC soa como um bálsamo no mundo de hoje, onde prospera, com cada vez mais velocidade, as ações individualistas, hedonistas e de caráter excludente. É imperativo que pessoas cristãs, tornadas irmãs pela fé em Jesus Cristo, deem o testemunho conjunto de Jo 17:21: “para que todos sejam um, Pai, como Tu estás em mim e Eu em Ti. Que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que Tu me enviaste”.
Por Magda Melo