Mais do que nunca vejo a necessidades destes dois mandamentos. Diante de tanto feminicídio que revela a falta de amor, de respeito diante da mulher, o que chamo de MANDAMENTO DO AMOR DE GÊNERO deve ser proclamado em todas as situações e locais.
Os olhares de homem-mulher, mulher-homem devem se cruzar com a transparência, com o respeito, com o amor de quem quer o bem do outro, independentemente de serem casados ou não.
Olhar de amor nunca poderá tornar-se olhar de posse. Ninguém é de ninguém, nem mesmo no casamento. Homem e mulher se oferecem um ao outro, no respeito das diferenças e no desejo da soma para cada um tornar-se mais completo.
Homem só não é imagem e semelhança de Deus. Igualmente mulher só não é imagem e semelhança de Deus. É preciso que os dois se somem no respeito, na doação, na nudez, na transparência dos sonhos e desejos tornando-se UMA SÓ CARNE. Aqui o amor conjugal está completo.
A castidade não é atributo só para celibatários é um projeto de vida para todos aqueles que assumem ou não o mandamento da procriação.
O triunfo do egoísmo faz crescer o medo da união inseparável até que a morte os separe. O enternecimento, a ternura, a unidade tão necessária desaparece e deixa os filhos no lar sem o calor e sem rumo.
Na sua ORAÇÃO AO PAI o grande pedido de JESUS É QUE TODOS SEJAM UM. João 17,6-25. Sem preconceitos, sem divisões, sem superioridades, na soma de todas as diferenças, criando a harmonia, a sinfonia, as cores que completam a beleza e o fim de toda criação.
Padre José Vanin Martins