Em nome do CESEEP, Nilda de Assis, A convite de Luiza Camargo representante da JOC – Juventude Operária Cristã, participou do Encontro Continental da Juventude Operária Cristã (JOC) Continental-ConoSul. Realizado no formato online, o encontro teve como tema VIOLÊNCIA DE GÊNERO E ABUSOS NO TRABALHO. O método VER-JULGAR-AGIR, utilizado no encontro, foi desenvolvido pelo padre Joseph Cardijn (1882-1967), fundador do movimento da Juventude Operária Cristã – JOC.
De início, foi feita uma explanação sobre a Campanha Continental da JOC – VIOLENCIA DE GENERO Y ACOSO LABOAL – !NUNCA MÁS!, que começou no dia 08 de outubro e que seguirá até o dia 10 de dezembro. O tema foi dividido em três eixos para debate, sendo o primeiro momento a de ver a realidade atual, com a assessora da JOC, Ana Ferreira. Ela apresentou a resolução da Convenção Interamericana do Pará, de 1994, feita pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), onde ficou firmado o compromisso de prevenção e erradicação da violência contra as mulheres.
Em seguida, dando continuidade ao VER, uma representante de cada país foi convidada a falar sobre como está sendo o enfrentamento da violência de gênero, de modo especial contra a mulher: México, Paraguay, Venezuela, Ecuador, Argentina, Filipinas e Brasil. Foram depoimentos que mostraram um aumento significativo da violência nos últimos tempos, em todos os países.
Após a primeira parte, seguiu-se para o JULGAR, onde o microfone foi aberto para quem quisesse relatar experiências sobre as formas de violências no espaço de trabalho, mas a maioria dos relatos foram sobre a violência cometida no espaço do lar. Sobre a violência nos espaços de trabalho, foram os relatos de jovens que atuam na JOC e que criam espaço de reflexão, onde possam visualizar e confrontar as urgências que acometem as mulheres e jovens meninas.
A última parte foi dedicada ao AGIR. O facilitador, Pedro Paulo, representante da JOC-Brasil, sugeriu que cada participante pudesse colocar as experiências que efetivamente fazem o enfretamento da violência no trabalho, bem como sugeriu que em 2024 houvesse um encontro para aprofundamento sobre o tema. Uma das experiências citadas foi a das Promotoras Legais Populares – PLPs, pensando no aspecto legal do enfretamento e, depois, foi a vez da Economia Solidária, que faz trata sobre a questão econômica enfrentada pelas mulheres.
Para finalizar, a educação foi apresentada como ferramenta que deve ser realizada entre as famílias e toda a rede que forma as mulheres e por todos os grupos LGBTQIA+.
O encontro foi encerrado na perspectiva de novo encontro de partilha e com caráter avaliativo da campanha de enfretamento da violência de gênero e abuso laboral.