por Angelica Tostes e Lidia Maria
O Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa foi instituído por meio da Lei 11.635, de 2007 , em memória de Gildásia dos Santos. A data é um marco na luta contra o racismo religioso e toda a demonização que se faz às religiões de matrizes africanas.
A Iyalorixá baiana, conhecida como Mãe Gilda, teve sua casa e terreiro invadidos por um grupo fundamentalista da IURD. Com a saúde fragilizada, agravada pelos ataques, Mãe Gilda morreu em 21 de janeiro de 2000, vítima de infarto.
Em 2022, o Ministério dos Direitos Humanos registrou mais de 1.200 ataques por motivações religiosas, um aumento de 45% em relação a 2020. Em 2023, a JusRacial identificou 58 mil ações judiciais no Brasil ligadas a denúncias de intolerância religiosa.
“Somente quando nós, cristãos latino-americanos, estivermos dispostos a reconhecer o valor dos diversos diferentes, entre eles as várias religiões brasileiras de matriz africana, sem a pretensão, consciente ou não, de fazê-los semelhante a nós, por negação ou expropriação, é que poderemos finalmente praticar e viver o ecumenismo que nos ajudará a superar o racismo, celebrando plenamente a dignidade humana de todos homens e mulheres negras, qualquer que seja a religião que possam professar. Essa poderá ser a mais importante contribuição ecumênica que poderemos prestar na luta contra a reincidente intolerância religiosa enfrentada pelos terreiros espalhados por esse nosso Brasil afora.” Bispo Paulo Ayres Mattos
Combata a intolerância religiosa: denuncie! Ligue para o Disque 100 e faça sua denúncia.