“A metodologia aqui é bastante acessível, pois se trabalhou os temas a partir das realidades que as pessoas vivem. Constantemente fora das salas estamos fazendo trocas, debatendo e compartilhando experiências do que fazemos e como vemos os processos que passam os países”, assim descreve a cubana Victoria Villareal, sobre o Curso Latino-americano de Formação Pastoral.
Com início em 6 de agosto, a 35º edição do Curso acontecerá até o dia 29 de setembro. Neste ano, o tema é “SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL, SOCIAL E POLÍTICA DAS CIDADES” e recebe 15 participantes de 7 deferentes países: Bolívia, Brasil, Cuba, Equador, Guatemala, México e Moçambique.
Os participantes, além das diferentes assessorias já visitaram pontos da cidade que trazem contribuições e aprofundamentos para os temas debatidos e abordados pelos assessores. Museu do Imigrante, Arsenal da Esperança, Casa de Oração do Povo da Rua e o Museu Afro Brasil foram alguns dos lugares visitados. “Nas aulas vemos os diferentes pontos de vista, as visitas que fazemos complementa de forma prática o que aprendemos” destaca Victoria.
Para Euzébio Camões, de Moçambique, o Curso tem sido uma boa experiência. No seu país, Euzébio destaca que está em curso diversas transformações e mudanças a visão dada pelo Curso o ajudará a mostrar para seus compatriotas a importância e o bom uso dos recursos que estão sendo descobertos.
Olhar para a América-latina é um exercício de analisar um continente que constantemente enfrentou golpes e regimes patrocinados pelos países imperialistas. Nesse sentido, principalmente diante do cenário que vive o Brasil, o mineiro Antônio Raimundo Gomes ressalta que “parece que achávamos que isso não ia acontecer com a gente, mas o processo se repete e quem esta por traz desses golpes é a mesma elite que tem representantes no mundo todo”.
“Tem muita coisa para acontecer, mas não podemos parar de lutar e continuar resistindo. Continuar na luta para trabalhar a conscientização das pessoas que estão conosco”, ressaltou.
Já o pastor metodista Esteban Hucunto Lopes, da Bolívia, destaca que tudo que ouviu e viveu no Curso ele irá compartilhar com a sua comunidade local. Sobre a visão de compartilhar os problemas dos outros países, Esteban destaca “cada povo tem o seu problema, de distintas formas, mas a força externa é única o império sempre quer dominar os países”.