“Os ‘não recomendados pela sociedade’ terão as máscaras
da injustiça e da corrupção arrancadas do seu rosto”.

Depois de agradecer a presença dos cursistas vindos de várias regiões do Brasil e também de outros países da América Latina, a coordenadora do Curso de Verão, Cecília Franco, destacou que este curso é um espaço de partilha e experiência e que só é possível acontecer porque é feito em mutirão. Enfatizou que cada cursista – ao assumir este projeto maior de educação popular, de uma presença ecumênica e de um respeito a diversidade religiosa – encontrará neste curso um lugar para aprofundar e revisar o projeto comum de mudança da realidade ética e política de nosso país.
Nesse momento a equipe de celebração convida a todos os cursistas a refletirem sobre a gritante e sofrida realidade em que vivemos. As luzes do teatro vão se tornando uma penumbra e no palco todos veem apenas corpos estendidos no chão que, a cada flash de uma foto tirada, vai revelando a sua identidade. São corpos: de um negro, visto por muitos como bandido; de um gay, rotulado como pervertido; de um indígena, visto como incivilizado; de uma mulher, vítima da violência machista; de um pobre, visto como fracassado; de um imigrante, considerado como ameaça e, por fim, de uma liderança política, rotulada como “coxinha” ou “esquerdopata”.
Todos esses corpos, pessoas e suas identidades, perdendo a sua dignidade diante dos sistemas sociais, políticos, econômicos e religiosos que oprimem e matam. Com a música de Caio Prado “Não recomendado”, o momento de mística na Celebração de Abertura propõe que a temática do Curso de Verão deste ano – “Ética e participação popular na política a serviço do bem comum” – levará a uma consciência de que todos os “não recomendados pela sociedade” terão as máscaras da injustiça e da corrupção arrancadas do seu rosto.
O encerramento desse momento forte de reflexão foi conduzido pela Cecília, convidando a todos os cursistas a cantarem o mantra “Deus é Amor, arrisquemos viver por amor”. Essa vivência do amor gratuito gera na vida de cada pessoa e da comunidade o querer estar juntos e o querer construir o mundo diferente, com ética, onde as pessoas fazem parte e precisam dos outros.
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