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Desarmar a fé e as religiões para desarmar o mundo – Marcelo Barros

11 de abril de 2022
em Artigos
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É triste e doloroso ver a cada dia e noite as imagens terríveis da destruição que a guerra entre as grandes potências do mundo provocam na Ucrânia. E no mundo atual, há muitos outros conflitos e guerras que eclodem nos cinco continentes. A ONU chega a contar 28 situações de conflitos no mundo. Certamente um dos aspectos mais terríveis de muitas destas guerras é ver que dos dois lados do conflito estão mandatários que se dizem cristãos e falam que Deus está do lado deles e há bispos e patriarcas que os apoiam.

De fato, embora todas as tradições espirituais pregam a Paz e o Amor, até os nossos dias, as religiões têm sido motivos de confronto e violência entre pessoas e entre povos. Infelizmente, todas as grandes religiões, em determinados momentos da história, acabaram servindo para exacerbar conflitos e violências. A Bíblia pode ser interpretada como uma incessante luta contra culturas e religiões estrangeiras. No Brasil e em outros países, diariamente, em nome da Bíblia, cristãos fundamentalistas atacam violentamente templos e comunidades de cultos de matriz africana.

Vários intelectuais chamam a atenção para o caráter violento dos textos religiosos. Um sociólogo afirmou: “Encher o mundo com religião e principalmente com religiões monoteístas equivale a espalhar pelas estradas pistolas carregadas. Não se surpreendam se elas forem usadas”[1]. 

Em uma mensagem ao 2º Fórum Social Mundial, José Saramago escreveu: “De algo sempre haveremos de morrer, mas já se perdeu a conta aos seres humanos mortos das piores maneiras que seres humanos foram capazes de inventar. Uma delas, a mais criminosa, a mais absurda, a que mais ofende a simples razão, é aquela que, desde o princípio dos tempos e das civilizações, tem mandado matar em nome de Deus”[2]

Em 1996, o cardeal Carlo Maria Martini, então arcebispo de Milão, afirmava: “Sinto-me obrigado a refletir novamente sobre páginas bíblicas que descrevem o conflito e parecem legitimá-lo e encorajá-lo. Em algumas parábolas evangélicas, a guerra e a vio­lência são consideradas comuns e inerentes à sorte deste mundo. O Evangelho usa como comparação para a nossa fé a situação de um rei que vai à guerra contra outro rei com dez mil homens (Lc 14, 31). Há também a parábola do rei que, ao saber que seus servos e o seu filho foram insultados e assassinados. São histórias que falam de vingança e pena de morte. (…) Hoje, não podemos propor fatos de guerra e violência como imagens do reino de Deus”[3].

Podemos explicar estes textos violentos com o conceito de “pedagogia progressiva”. Deus vai educando progressivamente o seu povo a partir de seus condicionamentos culturais até um ponto no qual a violência possa ser superada. Assim sendo, a revelação bíblica caminha para a não violência e o amor absoluto. Não precisamos desculpar a Bíblia ou justificá-la. Queremos sim reler seus textos a partir de um chamado divino que hoje recebemos para ser testemunhas do amor divino por todas as culturas.

Para que alcancemos esta cultura de paz não basta que os ministros religiosos condenem guerras como a que o governo do império norte-americano e a Rússia, com apoio da China fazem na Ucrânia e em tantos outros lugares do mundo.  Não basta orar pela Paz como se Deus precisasse ser convencido por nós para dar a paz ao mundo. Ele é a própria Paz e somos nós que criamos guerras e não Deus. Também parece incoerente pedir paz dos governos e políticos do mundo e manter religiões dogmáticas e autoritárias que por sua própria estrutura hierárquica contêm um aparato de violência simbólica. É preciso que as próprias Igrejas, assim como cada cristão assuma um processo educativo que o coloque em uma cultura de Paz.

É isso que há quase 60 anos, o papa João XXIII propôs quando, mesmo enfrentando pressões de seus próprios assessores e auxiliares, na 5ª feira santa, 11 de abril de 1963, assinou e mandou divulgar a encíclica Pacem in Terris (Paz na Terra). Para ser testemunhas da Paz, cada crente e as próprias religiões têm de se desarmarem de suas couraças dogmáticas, dos seus anseios mundanos de poder e praticarem nos seus círculos internos e entre elas a Paz e o Amor que propõem ao mundo. s   como é o caso

[1] – RICHARD DAWKINS, no The Guardian, 15/09/2001, citado por ANTONIO AUTIERO, Tra Religione e Irreligione, in OBRA COLETIVA, Comprendere il nostro Tempo, Verona, Casa Editrice Mazziana, 2003, p. 107.

[2] – citado por FAUSTINO TEIXEIRA, Diálogo Inter-religioso: o desafio da acolhida da diferença,  in Perspectivas Teológicas, julho-agosto, 2002.

[3] – CARLO, CARDINAL MARTINI, Fede e Violenze, Cattedra dei non credenti 1996, disponibilizada na Internet e publicada em livros pela Arquidiocese de Milão, 1996.

 

Marcelo barros é monge beneditino, teólogo e biblista, assessor das comunidades eclesiais de base e de movimentos sociais. Tem 55 livros publicados, dos quais o mais recente é “Conversa com o evangelho de Marcos”. Belo Horizonte, Ed. Senso, 2018.  

Tags: guerraguerra santaMarcelo BarrosRússiaUcrania
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