Jesus, como homem de seu tempo, estava bem por dentro da vida do povo e da vida de seus governantes. Jesus, graças à formação de Maria, sempre baseada no Antigo Testamento, posicionou-se contra as autoridades na sua maneira de governar o povo, não poupou nem as autoridades religiosas.
Jesus bem sabia que seus apóstolos seriam autoridades. Jesus foi taxativo, quando esta discussão apareceu pela primeira vez: «Se alguém quer ser o primeiro, deverá ser o último, e ser aquele que serve a todos.» O importante é a atitude de SERVIÇO e não de poder (Mc 9,33-35). Mais ainda as crianças (a educação) deverão ocupar a primeira atenção neste serviço (Mc 9,36-37).
Não é de hoje, o vício de pedir um emprego, uma pasta, um lugar, ao lado de quem governa. A mãe dos filhos de Zebedeu teve esta prática. Jesus não perdeu a oportunidade e condenou esta prática e reafirmou que a prática DO SERVIÇO antecede e sobrepõe-se a toda honra do poder (Mt 20,20-28).
Jesus desmascara a prática dos juízes, de seu luxo, de sua ostentação, de suas regalias, de seus títulos, do gosto pelos holofotes (TV). Jesus quer que a nova autoridade, fuja de títulos (mestres, doutores) e aparências, fuja do paternalismo de querer ser o pai da humanidade, fuja até mesmo do título de líder e reafirma a única verdade: O MAIOR DE VOCÊS DEVE SER AQUELE QUE SERVE A VOCÊS (Mt 23,1-11).
A corrida pelo poder já começou. Vamos ficar atentos de olhos e ouvidos abertos.
Padre José Vanin Martins