Hoje, parece-me, que muitos querem a volta do“moralismo”. Já não suportam mais ouvir falar de tantas ameaças.
Ameaça da “cartilha gay”, ameaça dos “gays” e as ameaças iriam se multiplicando ao gosto de cada cidadão.
Querem salvar a “constituição familiar”; antes tremiam diante do divórcio… agora tudo foi abrandando e não se importa mais se no casamento a pessoa já se encontra na segunda, terceira, quarta união ou mesmo se estão simplesmente juntos, “só por hoje”!
Querem acabar com delinquência, com a “corrupção”, com a violência desde que estas infrações sejam praticadas pelo pobre, pelo negro, pelo sem terra, sem teto e sem trabalho. Cadeia neles ou algo mais!
Na época de Jesus, a maior imoralidade, era a prostituta. Para o prostituto fechavam se os olhos. Jesus defendeu a prostituta e os pecadores. Jo 8,1-11.
Lendo Mateus 21,28-32, veio-me um questionamento: Está a sociedade desgovernada, porque nós a geração mais antiga, andamos prometendo e ameaçando viver conforme a justiça e nunca o fazemos. A geração mais nova quer fazer um novo caminho, mas o nosso exemplo atrapalha!
A segunda MAIOR IMORALIDADE para Jesus é a existência do empobrecido em meio a uma terra de tanta fartura. Jesus parece desconfiar daqueles que vivem invocando o seu nome:
«Nem todo aquele que me diz ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino do Céu”.
Só entrará aquele que põe em prática a vontade do meu Pai, que está no céu Mt 7,21. A vontade do Pai desde que o mundo foi criado é a mesma, misericórdia e partilha para aqueles que estão na faixa dos necessitados das SEIS NECESSIDADES BÁSICAS: alimento, água, vestiário, casa, saúde e liberdade Mt 25,31-46.
Padre José Vanin Martins