Grupos da PJ (Pastoral da Juventude), que vieram ao 29° Curso de Verão, se reuniram no último domingo (10) para confraternizar e debater a pastoral. O encontro foi durante o curso em uma sala no térreo do prédio da PUC-SP.
Mais de 30 jovens se inscreveram no CV como grupos de base da pastoral católico romana, além dos que vieram de forma independente. São jovens dos setores do Emerlino e de Itaquera (Diocese de São Miguel Paulista); da Região Episcopal Santana e do setor São Mateus, da Região Episcopal Belém (Arquidiocese de São Paulo); do centro comunitário Sapopemba, ligado à Arquidiocese de São Paulo; da Diocese de Marília (SP); e da ocupação de sem-terra e sem-casa Rosa de Leão, de Belo Horizonte (MG).
“Reunir a galera é fortalecer a nossa identidade”, afirmou Rafael Martins, 27, coordenador da pastoral no Sul 1 (região que engloba o Estado de São Paulo) e que é quem convocou o encontro. A ideia foi resgatar a tradição de reunir os pejoteiros durante o curso. “A PJ sempre foi presente na história do Curso de Verão. Os problemas (da juventude) são iguais em diversos lugares.”
Durante o encontro, cada um se apresentou, contou de onde vem, como é a sua vivência como Pastoral da Juventude e a realidade de onde vive.
O publicitário Vinicius Mendes, 25, está há 10 anos na PJ do setor São Mateus, na Região Belém da Arquidiocese de São Paulo. “O desafio de nuclear um grupo de base na periferia é grande”, conta. “É fácil pelo fato de a comunidade ser mais aberta (às ideias de opção pelos pobres), mas falta dinheiro e o jovem tem de trabalhar cedo”.
Segundo Kamila Gomes, 31, da Região Santana, a PJ funciona com a conexão dos seus grupos e com a troca de formas de ser e fazer pastoral. “Reunir esta juventude juntamente com seus assessores e assessoras fortalece os vínculos e demonstra que não estamos sozinhos e sozinhas na caminhada pela construção do Reino”, disse ela que foi de grupos de base e hoje está na região como assessora. “Foi uma alegria enorme ouvir que a PJ esta nas comunidades, mas também está nas escolas, nas ocupações e em projetos que transcendem as relações religiosas, sendo presença em outras religiões.”
Para o padre Cilton Rosenbach, da coordenação geral do curso, o Curso de Verão favorece o encontro dos jovens por ser nacional. “É um curso aberto e ecumênico que trata questões sociopolíticas, econômicas e religiosas e onde a juventude vem de vários cantos”.
Para ele, que passou na reunião para cumprimentar e animar os jovens, o trabalho com a juventude na Igreja deve dar autonomia a eles. “Algo que parta deles. Deve haver por parte da Igreja grande acompanhamento e compartilhamento de estrutura e formação”, disse.
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Arthur Gandini