Com este tema, o Ceseep realizou de 2 a 20 a 29º edição do Curso Latino Americano para Militantes Cristãos
De 2 a 20 de maio, o Ceseep realizou a 29º edição do Curso Latino Americano para Militantes Cristãos, com o tema “Política e Estado: a serviço do mercado ou do povo?”, o curso foi realizado na casa comum da entidade.
A professora Nilda Assis Candido, coordenadora do Curso Latino Americano para Militantes Cristãos, informou que neste ano participaram do curso 12 pessoas, de diferentes países, dos quais: Brasil, Angola, Chile, México e Argentina.
Para a coordenadora, o curso esse ano foi muito positivo, pois os cursistas foram comprometidos com a temática que, por si só, mesmo não sendo algo novo, chama sempre a atenção das pessoas, sendo importante falar sobre ele.
O Curso de Militantes tem três eixos, que são trabalhados durante três anos. São eles: cultural, político e econômico. No tema deste ano, é trabalhado o aspecto político que acaba por entrar em questões econômicas dado a sua complexidade.
A Irmã Ivone Oliveira, da Congregação das Franciscanas do Apostolado Paroquial, veio de Rondônia para participar do Curso. Para ela, com tudo que tem acontecido no Brasil, o tema apresentado ao longo desses dias serviu para que ela entendesse ainda mais a crise política e econômica que o país enfrenta.
“Participar do curso está sendo uma experiência boa, bem desafiadora, e veio em um momento de muita confusão no Brasil, o que vai ajudar a compreender a lógica do mercado internacional e o papel do Brasil dentro essa lógica. Da para entender para onde o Brasil está se direcionando”, afirmou.
Em Rondônia a religiosa realiza um trabalho de agente de pastoral, junto a uma equipe de seis pessoas que coordena e anima as Comunidades Eclesiais de Base, as Pastorais Sociais e os Movimentos Sociais. Ao chegar em sua comunidade, irmã Ivone pretende “repassar o conteúdo recebido para as lideranças e para as comunidades”.
Para ela é preciso ajudar as demais pessoas a “compreenderem as reações e atitudes que são próprias da interferência do capitalismo”. O trabalho realizado é desafiador, conta. “É preciso semear todos os dias, porque semeamos e vem o capitalismo e arranca. Aí temos que semear novamente”.
A jovem Paulina Tovilla, de 23 anos, veio do México, por indicação de outras pessoas que já conheciam o Curso de Militantes para participar da formação este ano. Para ela, o Curso foi impactante, um aprendizado não apenas de coisas intelectuais, mas de coisas que mexeram sentimentalmente com ela.
“O Curso abre a sua visão e te ajuda a ver além do que você via”, afirmou a jovem. Paulina destacou ainda, que para além de todo o conteúdo que é ensinado, há um aprendizado entre os próprios cursistas, com a partilha das práticas e ações realizadas por cada um.