A luta contra a destruição dos recursos naturais é a norma que conduz o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), um movimento popular brasileiro surgido no final da década de 1970, quando agricultores se mobilizaram contra as construções de hidrelétricas na região do Alto Uruguai, e nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Atualmente, a organização está presente em todas as regiões do país, pela defesa das famílias ameaçadas ou atingidas direta e indiretamente por barragens.
No dia 16 de janeiro, Gabriel Gonçalves, representante do MAB, se apresentou na tenda “Arte e Militância em Diálogos – Ariano Suassuna”, onde expôs as dificuldades que o povo enfrenta na defesa de um modelo energético popular, sustentável e soberano, tendo como exemplo a construção da Usina de Belo Monte, na bacia do Rio Xingu, sudoeste do Pará. Obra sujeita a impactos ambientais que poderão afetar comunidades indígenas e ribeirinhas.
Com seu posicionamento crítico em relação a ações como essa, Gabriel argumenta: “Eles [grandes grupos empresariais do setor energético] ainda dependem de que o povo tenha uma questão de não acreditar em si, de desmobilização. Fazer com que tudo e quaisquer símbolos do povo brasileiro sejam quebrados e seja dito que não servem para nada. A gente se recria, se reinventa. E vamos sempre em frente para não deixar que privatizem os nossos recursos naturais”.
É bastante interessante visto que os Estados do mundo actual não se importam com o meio se dizem defender é porque tem um interesse naquilo e por outro não defendem os sem teto, os sem terra etc. Agora é necessário que haja movimentos populares que venha e digam basta com isso.