Faz tempo que a conheço. Mulher alegre, quase sempre sorrindo e trabalhando. Quando a conheci, tinha seus pequenos vícios: fumava e bebia com moderação. Sua virtude sempre trabalhar com garra. Assumiu a responsabilidade de sustentar e educar a filha desde pequena como mãe solteira. Ensinou a filha crescer respeitando o pai.
Seu forte no trabalho é ser vendedora. Trabalhou em muitas lojas e sempre deixou seu sinal: a alegria e a boa acolhida. Como pobre e mãe solteira, venceu seus pequenos vícios, aproximou-se de uma religião. Casou sua filha e teve uma festa cinematográfica. A filha desceu de helicóptero na chácara onde o casamento se realizou. Cardápio simples, mas impecável… e, o noivo não era filho de rico.
Fora do comércio, aposentada, tornou-se cozinheira de mão cheia e fornece marmitex para dezenas de fiéis fregueses e, enquanto descansa carrega pedras vendendo produtos variados: produtos de beleza, cama e mesa e até “avião voando”. Ainda arruma tempo para atender como faxineira exímia, uma freguesia selecionada.
Hoje aposentada, continua fazendo tudo isto, ainda com mais energia, vinda da alegria de zelar por meio período de seu primeiro neto.
Perguntei para minha esposa, como ela consegue fazer tudo isto e sempre com alegria: Minha esposa respondeu: É ACEITAÇÃO, ELA SABE ACEITAR A VIDA.
Perguntei para “a própria” ela não soube responder. Disse que sempre foi assim.
Lembrei-me do PAI NOSSO: SEJA FEITA A SUA VONTADE. Este é um segredo silencioso que somente os pobres sabem descobrir e viver.