São vários os Mártires da Caminhada que nossa Fé recorda com carinho para alimentar nosso compromisso expresso nas palavras de Jesus:
“Não há maior amor que dar a vida pelo irmão”.
Vejamos o testemunho chocante de um judeu: Vladimir Herzog:
Nascido em 1937 na cidade de Osijsk, Iugoslávia, Vladimir Herzog, jornalista, professor universitário e teatrólogo naturalizado brasileiro, imigrou com os pais para o Brasil em 1942. A família saiu da Europa fugindo do nazismo. Com o início do golpe militar, em 1964, Vladimir decidiu passar uma temporada na Europa com sua mulher. Em 1968 a família volta para o Brasil, no período mais feroz da ditadura militar do país. Trabalhou como publicitário até 1975, ano no qual foi escolhido para dirigir o jornalismo da TV Cultura. No dia 24 de outubro de 1975, o jornalista apresentou-se no DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informações/ Centro de Operações de Defesa Interna) para prestar esclarecimentos sobre suas ligações com o PCB (Partido Comunista Brasileiro). Morreu no dia seguinte. Segundo a versão oficial da época, ele teria se enforcado com o cinto do macacão de presidiário. Porém, de acordo com testemunhos de presos, Vladimir teria sido assassinado sob torturas. Em 1978, a Justiça responsabilizou o governo brasileiro por sua prisão ilegal, tortura e morte, mas apenas em 1996, a Comissão Especial dos Desaparecidos Políticos reconheceu que Herzog foi assassinado e decidiu conceder uma indenização para sua família.