Em nossas comunidades, abre-se o tempo do Advento, com a límpida e suave melodia com que Reginaldo Veloso musicou o texto do profeta Isaias:
“Da cepa brotou a rama, da rama botou a flor, da flor nasceu Maria, de Maria o Salvador”.
O CESEEP que em suas celebrações, grandes ou pequenas, sempre se apoiou no canto orante do Reginaldo, quer transmitir seu abraço solidário na dor e de profunda gratidão à sua esposa Edileuza e seu filho João José.
Tomamos a liberdade de anexar o belo e sentido testemunho de seu amigo e nosso irmão Marcelo Barros, companheiro de Reginaldo e das comunidades há mais de cinquenta anos.
Descanse em paz, Pe. Reginaldo, com a gratidão de todos nós.
Pe. José Oscar Beozzo
Coordenador geral do CESEEP
Queridas irmãs e queridos irmãos,
“Prova de amor maior não há que doar a vida pelo irmão”
Este cântico retoma a palavra de Jesus no evangelho que lemos e meditamos nesta manhã (da 6ª feira da 5ª semana da Páscoa).
Na noite de ontem, Reginaldo Veloso, nosso querido irmão e mestre partiu para o Amor Maior. Eu o tinha visitado na UTI anteontem e o quadro já era muito grave. Durante mais de um mês, lutou e agora repousou no seio amoroso de Deus.
Não há palavras para expressar a dor que sinto pela partida deste irmão, amigo desde que éramos, eu criança e ele adolescente.
Nós que cremos na Vida e amamos a Vida, temos imensa dificuldade de lidar com a partida de pessoas que nos são mais queridas, principalmente, quando se trata de alguém, com a presença forte e a atuação sempre vibrante nas melhores causas da humanidade, como Reginaldo vivia e nos ensinava a viver.
Certamente, muitas pessoas vão lembrar e elogiar os muitos campos de sua imensa e eficaz atuação social. Para Edileuza, sua esposa, o seu filho João José e as pessoas mais próximas, a dor da partida é mais profunda e mais gratuita: é como dizia uma antiga canção de Sergio Bittencourt: “Naquela mesa, tá faltando ele e a saudade dele tá doendo em mim”.
Conforme o evangelho, o próprio Jesus, nosso Salvador viveu isso e chorou quando soube que o amigo Lázaro tinha falecido.
Ele que disse: “Eu sou a Ressurreição e a Vida fortaleça a nossa esperança e console nossa tristeza”.
Há mais de 50 anos, em 1969, as primeiras melodias que Reginaldo compôs foi a meu pedido, quando estávamos juntos, preparando a Vigília Pascal vivida a partir da reforma litúrgica. Agora, neste tempo pascal, ele vive plenamente a sua Páscoa com o Cristo Ressuscitado na outra dimensão da vida.
Uno-me a vocês, a Edileuza, João José, Artur Peregrino que foi um anjo da guarda para Reginaldo e sua família em todo este tempo mais recente de sua enfermidade e me uno a todas as pessoas que sentem a sua falta. Peço a Deus que nos mantenha unidos no esforço de manter viva a memória dele e o exemplo que ele nos deixou. Que do céu ele nos abençoe.
Abraço saudoso do irmão Marcelo Barros