Reprodução Unas Heliópolis e Região
Milhares de pessoas saem às ruas da Maior Favela de SP na 25ª Caminhada pela Paz de Heliópolis
Nesta sexta-feira 16 de Junho aconteceu a 25ª Caminhada pela Paz de Heliópolis, a concentração aconteceu às 13h na EMEF Campos Salles com diversas apresentações de projetos e escolas do entorno. A caminhada que abraça Heliópolis foi animada com diversas reivindicações promovendo a cultura da paz, tomando as ruas em um contexto de luta por garantia de direitos mas sobretudo, debatendo e refletindo sobre todas as formas de violência que vivemos todos os dias.
As apresentações na concentração foram das mais diversas, tudo se iniciou com as boas vindas dos professores Braz e Orlando, que estão juntos desde a primeira caminhada que aconteceu em 1999 após a morte da jovem Leonarda. Em seguida a EMEF Campos Salles apresentou Sonhos pra quem quer sonhar, uma performance das crianças com balões que representam a paz, na sequência a presidenta da UNAS Cleide Alves e Presidente de Honra João Miranda fizeram suas saudações cheias de esperança e afeto para que nunca esquecemos do que precisamos lutar e reivindicar. Mais tarde foi a vez da apresentação Mulheres Pretas e a Força de Oyá, apresentado pela EMEF Péricles Eugênio, seguindo pelas saudações das autoridades no local.
A caminhada se iniciou com bastante animação e protestos, diversas faixas entoaram essa edição que marca os 25 anos de história de luta pela cultura pela paz. O tema desse ano foi Políticas públicas + Consciência comunitária = Sociedade educadora, tema este que reverbera em todos os nossos projetos pois espelha o trabalho realizado em Heliópolis há mais de 25 anos, porque se temos políticas públicas e uma comunidade consciente de seus direitos e deveres isso só pode reverberar em uma sociedade educadora, que empodera os seus diariamente.
“É importantíssimo estarmos caminhando a 25 anos, mostra que nosso trabalho meu e do Braz, não precisam de nós, a comunidade abraçou a nossa ideia e o melhor é que se a Leonarda estivesse viva, se ela tivesse sobrevivido ela ficaria muito, mas muito feliz mesmo” detalhou Orlando, um dos criadores do caminhada e ex-professor da Leonarda.