No último evento promovido pelo KOINONIA Presença Ecumênica e Coletivo Prevenidas, Angelica Tostes, representando o CESEEP, participou, e trouxe sua experiência e ativismo LGBTQIA+, da roda de conversa intitulada “A importância de debater o tabu da sexualidade”. O encontro, que reuniu líderes religiosos LGBTQIA+ de diferentes denominações, tinha como objetivo analisar a influência do discurso religioso na comunidade e discutir questões de discriminação em diferentes estruturas sociais.
Um dos principais temas debatidos durante o evento foi a presença das pessoas LGBTQIAI+ em espaços religiosos. Questionou-se se essa presença ainda é considerada um tabu e de onde vem essa ideia. Além disso, discutiu-se como diferentes denominações religiosas lidam com os princípios e valores religiosos relacionados à sexualidade transmitidos por suas religiões.
A perspectiva abordada pelos participantes foi a religiosidade sob uma ótica queer, buscando compreender como as identidades LGBTQIA+ se relacionam com a fé e como suas experiências podem influenciar a interpretação dos ensinamentos religiosos. A roda de conversa contou com a presença de líderes importantes em suas respectivas comunidades, como Jacque Chanel, Pastora Trans da Igreja Trans ICM-Séforas; Reginaldo Soteira, sacerdote wicca e ativista; Celso Monteiro, babalorixá e cientista social; e Fabio Y. Silva, advogado e ativista da Gavaah’.
O evento ocorreu no Santuário da Grande Mãe, localizado nas dependências do Museu Brasileiro de Magia e Bruxaria. A escolha desse espaço simbólico ressaltou a importância de promover diálogos inclusivos e respeitosos em um ambiente que celebra a diversidade de crenças e identidades.
A roda de conversa proporcionou um espaço acolhedor para discutir questões fundamentais relacionadas à sexualidade e religião, buscando abrir caminhos para a compreensão mútua e a construção de um ambiente mais inclusivo e respeitoso para a comunidade LGBTQIA+ dentro das diversas tradições religiosas. A presença do CESEEP nesse evento reflete seu compromisso em promover diálogos interdisciplinares e colaborativos, visando à promoção da justiça e igualdade no campo religioso e social.