O CESEEP se une ao CONIC, ao Forum Ecumênico, FE-ACT Brasil, à CESE, ao CIMI, a Pão para o Mundo e às demais entidades que estão se manifestando para expressar sua indignação pelo ataque às comunidades indígenas Guarani-Kaiowa no município de Caarapó, MS; sua solidariedade à família enlutada de Cloudione Rodrigues Souza e às famílias das pessoas feridas pelos fazendeiros e pistoleiros.
Exige ao mesmo tempo que seja dada pela Polícia Federal toda a proteção necessária a essas comunidades Guarani-Kaiowa, que sejam presos e julgados os autores do assalto, das lesões corporais e do assassinato; que a FUNAI e o Ministério da Justiça procedam com toda a urgência à homologação das terras já demarcadas, para que possam os Guarani-Kaiowa viver em paz e segurança em suas próprias terras.
Pe. José Oscar Beozzo
Coordenador geral do CESEEP
Nota de repúdio do Conic ao massacre dos Indígenas no Mato
Grosso do Sul
As organizações, igrejas e agências que compõem o PAD e o FEACT-Brasil, que em outubro passado realizaram uma missão ecumênica em apoio aos Guarani-Kaiowá, vêm outra vez manifestar primeiramente sua solidariedade aos povos indígenas do Mato Grosso do Sul, diante do assassinato de mais uma liderança e do grave ferimento a bala de mais cinco indígenas.
O ataque aos Guarani-Kaiowá aconteceu nessa terça-feira, 14 de junho,quando mais de 70 fazendeiros e pistoleiros invadiram a comunidade Guarani-Kaiowá no tekohá TeyiJusu, município de Caarapó-MS e colocaram fogo nos pertences dos indígenas.
O líder indígena Cloudione Rodrigues Souza foi assassinado com um tiro na cabeça, disparado por pistoleiros no momento da chegada. Os ataques dos latifundiários teriam sido reação à retomada que os indígenas fizeram de suas terras. Cansados de esperar por providências, no último domingo, dia 12, um grupo significativo de indígenas reocupou as terras da fazenda Ivu, que já haviam sido demarcadas pelo Governo Federal, como sendo da etnia Guarani-Kaiowá.
PAD e FEACT- Brasil repudiam com veemência estas ações paramilitares, que com a conivência do poder público, culminaram em mais um líder indígena assassinado em terras brasileiras e cinco indígenas feridos com risco de morte. Exigimos providências imediatas frente a mais esse ataque dos ruralistas. Um massacre contra os indígenas Guarani-Kaiowá está em curso no estado de Mato Grosso do Sul. É urgente a intervenção do Ministério da Justiça em defesa da vida e da garantia de direitos dos povos originários deste estado, inclusive com a apuração dos fatos e a punição dos autores do assassinato da liderança indígena.
Conclamamos todas as organizações e movimentos a se unirem em prol da defesa dos direitos fundamentais dos povos indígenas, principalmente do direito originário às suas terras, garantidos pela Constituição Brasileira e por tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário.
Brasil, 14 de junho de 2016.