Tinha apenas 33 anos, estava no Brasil há pouco mais de um ano… Missionário Comboniano, Ezequiel Ramin foi morto em 1985, numa Rondônia em plena agitação pela febre colonizadora de fazendeiros e muitos pobres em busca de futuro. Imensa fronteira em desenvolvimento, onde grupos poderosos disputavam cada palmo de chão. Fazendeiros contra posseiros, grileiros contra pequenos agricultores, fazendeiros e madeireiros contra índios. O missionário tomou o lado dos pobres e foi brutalmente executado.
Padre Ezequiel foi assassinado no dia 24 de julho de 1985, vítima de uma emboscada, quando em companhia do presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Cacoal, ia conversar com colonos ameaçados de despejo. No caminho de volta, foi assassinado.
Ainda ressoam suas palavras:
“muitas vezes sinto uma grande vontade de chorar, ao ver os quilômetros de cerca…”
No meio das contradições e falências, você costumava repetir:
“estou trabalhando com os pobres, com uma fé que cria, como no inverno, a primavera”
Ainda suas palavras:
“Quero dizer só uma coisa, uma coisa especial para aqueles que tem sensibilidade para as coisas bonitas. Tenham um sonho. Tenham um sonho bonito. Procurem somente um sonho. Um sonho para a vida toda. Uma vida que sonha é alegre. Uma vida que procura seu sonho renova-se dia após dia. Seja um sonho que procure alegrar Não somente todas as pessoas, mas também seus descendentes. É bonito sonhar de tornar feliz a humanidade toda. Não é impossível…”
Padre Ezequiel Ramin
No anos de 2010, passado, foram celebrados os 25 anos de seu martírio.