O dia de trabalhos começou com uma mística preparada pela coordenadora do curso, Cecília Franco, que fez recordar as raízes religiosas, memórias e cultura. A partir desta reflexão, situar os desdobramentos em torno do colonialismo, influência no sistema social e político, o papel da mídia e os medos que surgem por conta da realidade. Além destes levantamentos o grupo foi instigado a pensar estes pontos dentro do Judaísmo, Islamismo, Budismo e Hinduísta. A discussão parte das realidades de Cuba e Brasil representados na equipe deste ano.
Todo diálogo foi apresentado em plenária para dar início à assessoria do Professor Doutor Wagner Lopez Sanches, na Introdução do Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso. Ele inicia com subsídios fundamentais para entender a perspectiva ecumênica levantando o que desperta o medo da diversidade. O ecumenismo é o reflexo da negação dos setores conservadores, interpela o modo de ser, interpela convicções, questiona posições exclusivistas, relativiza as crenças religiosas e faz refletir a identidade.
Wagner reforça a ideia da pluralidade do mundo e que quando conhecemos a realidade do outro não se diminui a própria identidade, este processo só enriquece as culturas. Este diálogo já acontece nas famílias, na vizinhança, nas escolas, no trabalho, para além dos espaços religiosos, movimentos sociais e populares, nas ongs, entre teólogos e lideranças religiosas. “A vida é um critério legítimo para avaliar as religiões, respeito à vida”, completa.
O fundamentalismo é um projeto político de um mundo ideal que existiu no passado e que pode servir para a sociedade de hoje, de acordo com os fundamentalistas. Esta reflexão vale para o cristianismo como para outras religiões, logo, elas têm ações concretas para executar este projeto. O fundamentalismo pode ter estratégias violentas de poder, explica Wagner.