Contando com mais de 490 participantes, de diferentes religiões e estilos de vida, o 31º Curso de Verão encerrou suas atividades deste ano, em 17 de janeiro, no TUCA. Com muita celebração e vibração: o público estava animado, movido pela esperança e comunhão.
No início do ato de encerramento, padre José Oscar Beozzo, coordenador do Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular (CESEEP), afirmou: “Temos que nos abrir para a visitação de Deus, do Espírito Santo”. E agradeceu a todos que contribuíram para o Curso: “Em nome de toda a direção do CESEEP, a gente agradece a presença de vocês”. E aconselhou, sobre este ano difícil de eleições presidenciais: “Eu coloco nas mãos de vocês essa responsabilidade de manter firme, com altivez e fé, esse compromisso com a política, como serviço ao bem comum e com muita ética”.
Zezinha Menezes, da equipe da Mística, definiu o movimento como muito belo e Maria, da equipe de Animação, resumiu tamanha beleza com sua voz, na música “Gracias a La Vida”, composta por Violeta Parra. Entusiasmo também pôde ser observado quando as arpilleras deram a volta na plateia, abençoando todas as pessoas presentes, quando estes clamaram: “PJ [Pastoral da Juventude] aqui, PJ lá! PJ em qualquer lugar!”.
Foi apresentada a Carta de Compromisso do Curso de Verão 2018 e, na medida em que era lido cada compromisso, as pessoas que se identificavam com a proposta se levantavam e faziam um sinal de concordância erguendo o braço.
Trazida ao palco, uma bandeira colorida ilustrou os depoimentos dos jovens vindos de outros países. Do México, um rapaz disse: “[O povo indígena] Sofre discriminação. O governo não se importa com eles. Até os matam também. Mesmo que sejam a parte mais importante da riqueza, da economia, do turismo do país. Devemos olhar mais por eles, não somente por nossa origem, mas são a riqueza de todos os países latino-americanos”. Da Colômbia, outro rapaz também descreveu: “Nós seguimos todos os povos ameríndios, com resistência, com unidade. Lutamos por reinvindicação dos direitos da vida, de esperança, de acolher a diferença”. Uma jovem argentina narrou: “Nossos povos indígenas que estão no meu país são muito excluídos. Eles vivem na pobreza, porque têm sido vítimas de campanhas militares. Desde a colonização, que foi um genocídio na Argentina”. Um jovem africano relatou: “Eu sou do Togo, um país da África. [À respeito da bandeira] Estamos vendo muitas cores. Isso significa a representação da nossa unidade”. E agradece: “Obrigado, Brasil! Obrigado por tudo! Pelos africanos! A gente se sente aqui acolhido”.
José Nildo Cardoso, monitor da tenda (oficina) “Juventude e Direitos”, exemplifica: “A partir das cores do arco-íris, temos uma nova estrutura de sociedade comunitária e harmônica. E assim vamos construindo essa casa comum”.