Começou nesta quinta-feira, dia 6, a 35ª edição do Curso de Verão, promovido pelo Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular (CESEEP).
A abertura do evento, que neste ano ocorre de forma on-line, devido à pandemia, contou com a assessoria da médica pneumologista e pesquisadora da Fiocruz, Margareth M. P. Dalcolmo.
Especialmente no dia que em que foi anunciada a liberação da vacina para crianças de 5 a 11 anos, contra a Covid-19, dra. Margareth nos trouxe uma necessária reflexão sobre os últimos anos em que o mundo enfrentou uma das maiores tragédias na Saúde, com mais de 600 mil mortes apenas no Brasil.
Os primeiros casos de Covid no país apareceram em fevereiro de 2020, após as festas carnavalescas. O surto que se disseminou rapidamente, lotando hospitais e desafiando a Ciência e a Medicina, provocou uma série de mudanças, principalmente no comportamento humano, que passou a conviver com o chamado “novo normal” e, especificamente, uma “nova solidão”.
Entre os milhões de brasileiros acometidos pela doença, estavam profissionais de Saúde, que também precisavam de cuidados. Muitos dos pacientes davam entrada aos hospitais sem quaisquer perspectivas, sem a certeza de que voltariam para casa.
A Covid-19 foi definida como uma doença sistêmica, capaz de comprometer todos os órgãos do corpo humano, um processo inflamatório generalizado, uma virose aguda de transmissão respiratória.
Segundo a dra. Margareth, a Ciência tinha a resposta para tratar e prevenir essa enfermidade tão complexa: a vacina. E, mesmo diante de tantos empecilhos e dificuldades para a realização de estudos profundos para desenvolver a imunização adequada, cientistas de diversos países se uniram para conquistar esse importante método de proteção, sendo o Brasil uma das nações com mais profissionais voluntários inclusos nesse processo.
Ocorre que, apesar de tantos esforços, o Governo Federal demorou para tomar as devidas providências quanto à compra e disponibilização do imunizante, fora o incentivo irresponsável a tratamentos com medicamentos considerados “inúteis” em casos de Covid, como a Ivermectina.
Apesar de 70% da população brasileira imunizada, esse número ainda não é suficiente, visto que estamos diante da terceira variante do vírus, denominada Ômicron que, segundo a pneumologista, deve adoecer milhões de pessoas. Dra. Margareth falou sobre a importância de todas as pessoas se vacinarem, com a três doses da vacina e suplicou aos pais para que levem seus filhos para receber a primeira dose, assegurando a eficácia do imunizante.
A pesquisadora finalizou suas considerações enaltecendo o trabalho voluntário que, neste período trágico, foi essencial, principalmente para cerca de 20 milhões de pessoas que vivem na pobreza e, com esta epidemia, só não estão em situações piores devido a solidariedade de todos.
Por fim, a médica ressaltou o reconhecimento da sociedade civil quanto ao trabalho acadêmico de profissionais da Ciência e da Saúde, assim como do SUS (Sistema Único de Saúde), que não mediram esforços e continuam trabalhando arduamente para salvar vidas.
A assessoria da dra. Margareth M. P. Dalcomo pode ser conferida no canal do Youtube ou no Facebook do Curso de Verão, assim como as demais assessorias do evento inclusas na programação, que são transmitidas ao vivo.
Acompanhe: www.youtube.com/cursodeverao1 ou www.facebook.com/cursodeveraooficial.
Mônica Santos
Equipe de Comunicação