Começou no dia 1 e vai até o dia 19 de maio o Curso Latino-Americano para militantes cristãos. Neste ano, o curso tem como tema “Direitos Humanos em uma economia globalizada”. Participam do curso 10 pessoas – seis brasileiros, dois cubanos, uma boliviana e uma argentina.
A argentina estudante de serviço social, Lucía Veronesi, 22, destaca que no presente e na história latino-americana há muitas coisas em comum, por isso é muito pertinente falar da história latino-americana. assim poderemos entender os processos e pensar toda a história que dividimos.
Lucía que trabalha com educação popular na Argentina, destaca que em seu país é muito forte a desigualdade social. Nesse sentido, trabalhar a questão dos direitos humanos é importante para que as pessoas tenham acesso a uma educação digna e com ideais comunitários.
Sobre sua participação no curso ela destaca que “todo espaço de formação ajuda a crescer e o que posso aprender aqui ajudará a levar as organizações do meu país e criarmos espaços de encontro”, além disso “as coisas que aprendi aqui e as experiências de grupo, fora o crescimento pessoal me ajudarão muito”.
Para Reginaldo Nascimento, 27, membro das CEBs em Campinas (SP) e filiado ao Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), “quando estamos em um espaço desse e vemos que tem gente na mesma luta e passando pela mesma dificuldade, você renova sua esperança de luta”.
“Todo conhecimento que podemos adquirir para colocar a serviço da militância e na luta é bem-vindo”, destacou ele sobre sua participação no Curso. A troca de experiências, de acordo com Reginaldo, fez perceber que o golpe não é só algo do Brasil, e algo do mundo inteiro e da América-latina. “Fica claro que é esse mesmo modelinho de golpe e de mídia. Globalização na atualidade é do golpe e da extrema direita”, afirmou.
Visita a 2ª Feira Nacional da Reforma Agrária, organizada pelo MST
No domingo (07/05) os participantes do Curso de Militantes visitaram a Feira Nacional da Reforma Agrária, no Parque da Água Branca.
Além de comercialização de 250 toneladas de alimentos produzidos em assentamentos ao longo dos quatro dias, de acordo com o Movimento Sem Terra, que promove o evento, fez parte da programação uma série de debates sobre alimentação saudável, luta contra agrotóxicos, diversas atrações culturais e uma feira literária.
Esta é a segunda edição da feira. Em 2015, o MST levou à capital paulista mais de 800 agricultores de todo país, num evento por onde passaram mais de 180 mil pessoas.