EDUCAR PARA A IGUALDADE DE CLASSE, GÊNERO E RAÇA: DESAFIO PARA AS IGREJAS E RELIGIÕES
01 a 15 de março de 2024 (presencial)
Vivemos numa sociedade cujo modelo socioeconômico é excludente e opressor, beneficiando um pequeno grupo de pessoas, cada vez mais ricas, em detrimento de uma grande maioria, cada vez mais pobres, espoliadas em sua força de trabalho ou excluídas, inclusive do direito ao trabalho.
Nesse contexto social, alguns grupos são mais prejudicados – notadamente, as mulheres e as pessoas negras, sabendo que as mulheres negras acumulam a possibilidade de exclusão, por serem negras e por serem mulheres. Um sistema desigual e excludente só se mantém, naturalizando a desigualdade e a exclusão de determinados grupos sociais. Assim, a EDUCAÇÃO pode tem papel fundamental e pode tanto contribuir para a continuidade desta situação quanto para transformar e emancipar pessoas grupos que sofrem opressão.
O ato de educar é e sempre será um ato político, em qualquer espaço onde ocorra, desde os institucionais, formais até os informais, culturais, políticos e religiosos. A escolha pelo modelo educacional também é um ato político. Podemos escolher o modelo que mantem a sociedade opressora e excludente como está ou o modelo de educação libertadora.
Educar para a igualdade de gênero e de raça tem se apresentado como grande desafio para toda a sociedade, pois implica desvelar o machismo e o racismo estruturais que se apresentam em atos de discriminação, desrespeito e violência contra grupos considerados de menor valor na sociedade.
A Educação libertadora, cujos pressupostos dão vida à Educação Popular, busca estratégias que permitam formar pessoas críticas e criativas de modo a terem possibilidades de escolhas na vida pessoal, profissional e social. Busca uma prática pedagógica que considere os saberes dos sujeitos aprendentes e os faça protagonistas de sua própria história.
Para ambos os casos, gênero e raça, as Igrejas e as Religiões têm papel importante na formação das novas gerações e, pelo visto na atualidade muito pouco se aprendeu sobre respeito às diferenças, tendo em vista toda a violência sofrida por pessoas negras, por mulheres e LGBTQIA+.
Educar para a igualdade é um sonho que nos impulsiona a trabalhar para a transformação e a libertação das amarras de toda opressão contra as pessoas pobres e as que não se encaixam nos padrões do modelo hegemônico secular de sociedade.
Em 2024, o curso terá como tema Educar para igualdade de gênero e raça: desafio para as Igrejas, Religiões e movimentos populares.
Com esse tema, nos aspectos teórico-prático e metodológicos, daremos foco na forma como as Igrejas, as Religiões e os Movimentos Populares organizam os programas de formação social, pastoral e religiosa, considerando criticamente os temas gênero e raça, na perspectiva de se construir modelos emancipadores de educação. Veremos também como se dá, na prática, a relação entre as pessoas que ensinam/aprendem juntas nos espaços sociais, eclesiais e religiosos.
Finalizaremos o curso, com a produção coletiva de indicações para uma educação inclusiva e libertadora sobre gênero e raça.
INFORMAÇÕES
genero@ceseep.org.br / ceseep@ceseep.org.br
Telefone (0xx11) 3105-1680 / WhatsApp (+55 11 91315-6985)
VALORES
Brasil: Inscrição, estudo e materiais = R$ 1.300,00 / Alimentação e Hospedagem = R$ 1.300,00
Total = R$2.600,00 (em até 4 parcelas)
Outros países: Inscrição, estudo e materiais = US$ 250 / Alimentação e hospedagem = US$ 250 / Total = USS 500
Para condições de bolsa: entrar em contato pelo e-mail genero@ceseep.org.br
Formas de pagamento: Pela chave PIX ou Transferência bancária.
- a) Chave PIX CNPJ= 52.027.398/0001-53
- b) Transferência bancária: Banco Itaú S/A Agência: 0251 Conta corrente: 34305-9 CNPJ: 52.027.398/0001-53
Enviar comprovante de pagamento para o e-mail administracao@ceseep.org.br ou para o WhatsApp (+55 11-99325-5961)
TEMAS // ASSESSORIA
01/03/24 (sexta-feira)
Celebração de acolhida
02/03/24 (sábado)
Integração com arte – Maria de Jesus
Partilha de práticas educativas (eclesiais, religiosas e sociais) – Lurdinha Paschoaletto
Organização da Conjuntura de cada país
03/03/24 (domingo)
Analise de Conjuntura (condições sociais, econômicas e religiosa da população negra e das mulheres) –
Espiritualidades na perspectiva libertadora – Angélica Tostes
04/03/24 (segunda-feira)
As mulheres negras na Igreja Católica da América Latina e Caribe: desafios e conquistas. – Vera Lúcia Lopes
As mulheres negras Evangélicas da América Latina e Caribe: desafios e conquistas – Vanessa Maria Gomes
Sistematização das aprendizagens: orientações para a elaboração de texto coletivo. – Lurdinha Paschoaletto
05/03/24 (terça-feira)
Paulo Freire e seu legado para a Educação Popular
Mariana Paschoal
06/03/24 (quarta-feira
Por um letramento histórico racial
André Lemos
07/03/24 (quinta-feira)
A legislação sobre educação racial nas escolas: desafios atuais (Lei 10639/2003. Ensino de história e cultura afro-brasileira e africana).
André Lemos
08/03/24 (sexta-feira)
A educação indígena e a preservação da cultura e religiosidade. – Alcinéia Ribeiro
Marcha das mulheres (em São Paulo)
09/03/24 (sábado)
Mesa temática (Experiências):
Educação para a igualdade racial e de gênero
- Escola dominical (evangélica) Cristiane Capeleti (CLAI);
- Catequese (católica) Ir. Izabel Patuzzo;
- Matriz indígena (rituais de iniciação) Chico Machado;
- Matriz africana (rituais de Iniciação) – Mãe Rosa
10/03/24 (domingo)
Livre
11/03/24 (segunda)
Gênero e etnicidade na perspectiva pastoral
Lídia Lima
12/03/24 (terça)
Processos educativos sobre raça e gênero da pessoa encarcerada.
Rosilda Ribeiro (Pastoral Carcerária)
Sistematização das aprendizagens: orientações para a elaboração de texto coletivo.
Lurdinha Paschoaletto
13/03/24 (quarta)
Uso das Tecnologias para o enfrentamento da violência de gênero e de raça
Promotoras legais populares (PLPs): conhecer para resistir
Claudia Luna
14/03/24 (quinta)
Mulheres na bíblia: resistência e luta por igualdade
Haidi Jarschel
15/03/24 (sexta)
Avaliação e Socialização da sistematização
Celebração de envio
ASSESSORAS/ES DO CURSO LATINO-AMERICANO DE PASTORAL E RELAÇÕES DE GÊNERO – 2024
Angélica Tostes -> Teóloga, mestra em Ciências da Religião, professora e pesquisadora do Instituto Tricontinental de Pesquisa Social e Coordenadora de Cursos – CESEEP.
Maria Jéssica de Souza (Nome Artísitico -> Maria Maranhão) ->Professora especialista em linguagens das artes, Educadora Popular, contadora de Histórias, Pesquisadora e divulgadora do brincar na cultura e na infância.
Lurdinha Paschoaletto Possani -> Mestra (1999) e doutora (2008) em Educação: Currículo, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – Foi Chefe da COGED – Coordenadoria de Organização e Gestão Educacional (2015-2016) e Diretora Regional de Educação (2013-2014), na Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. Atualmente trabalha no Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e Educação Popular (desde 17-07-17). Desenvolve pesquisas nas seguintes áreas: Educação Popular, Educação de Jovens e Adultos, Currículo e Gestão Educacional.
Vera Lúcia Lopes -> Coordenadora estadual da Pastoral Afro Brasileira no Regional Sul 1, articuladora da pastoral em nível nacional. Membro do COMPIR Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial da cidade de Osasco.
Vanessa Maria Gomes Barboza -> Mestra em Educação, Culturas e Identidades (FUNDAJ/ UFRPE), Bacharel em Serviço Social pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Especialista em Gestão da Política de Assistência Social pela Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP).
Mariana Paschoal Marques ->Graduada em história e mestre em sociologia da educação pela PUC-SP. Atualmente coordena o Centro de Direitos Humanos e Educação Popular de Campo Limpo (CDHEP), com atuação em práticas de Justiça Restaurativa em duas vertentes: Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescentes e Sistema de Justiça. No âmbito da educação leciona e investiga, prioritariamente, práticas de educação não-formal voltadas à defesa e garantia de direitos.
André Lemos -> André Lemos é Licenciado em História (UFRRJ); Especialista em História da África e do Negro no Brasil (UCAM); Mestre em Ensino de História (UFRRJ); Professor de História da SEEDUC-RJ.
Alcinéia Pinto Cadete -> Indigenista e professor pedagoga. Atualmente trabalha na coordenação de mulheres locais pela Organização OMIR: Organização de Mulheres Indígenas de Roraima.
Lídia Maria de Lima -> Licenciatura em Pedagogia pelo Claretiano Centro Universitário (2018); bacharelado em Teologia pela Universidade Metodista de São Paulo (2009), e Bacharelado em COMUNICAÇÃO SOCIAL/JORNALISMO – FIZO – Faculdade Integração Zona Oeste (2004) e mestrado em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo (2012). Atualmente é professora da Universidade Metodista de São Paulo. , atuando principalmente nos seguintes temas: Trabalho de conclusão de curso; pesquisas em gênero; questões etno-raciais; trânsito religioso, aconselhamento pastoral e violência doméstica. E trabalho na Instituição Koinonia.
Rosilda Ribeiro Rodrigues Salomão -> Coordenadora Nacional da Pastoral Carcerária para Questão da Mulher Presa/CNBB, Coordenadora Estadual da Pastoral Carcerária do Mato Grosso do Sul/CNBB; membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Social Transformadora/CNBB; formada em Letras pela Universidade do Oeste Paulista/ UNOESTE/ Presidente Prudente/SP; é Professora Aposentada da Rede Estadual de Ensino do MS, reside em Três Lagoas MS onde atua também como membro do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM).
Claudia Patrícia de Luna Silva -> Advogada, graduada pela Universidade Estácio de Sá, pós-graduada em Direitos Difusos e Coletivos pela Escola Superior do Ministério Público do Estado de São Paulo e em Direito Previdenciário e Acidentário. Vice-presidente da área da mulher advogada na comissão de prerrogativas da seccional paulista da OAB de São Paulo.
Haidi Jarschel -> Doutora em História Cultural na UNICAMP. Possui mestrado em Ciências da Religião pela Universidade Metodista de São Paulo. Tem experiência na área de Teologia, História, atuando principalmente nos seguintes temas: ética, relações de gênero, feminismo, violência de gênero, direitos humanos, agroecologia. Tem experiência e conhecimentos acumulados na área de políticas públicas e movimentos sociais.